segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Por vazios frios e horas de enorme
tensão que amolgam
tensamente ou ternamente
aquilo que outrora
possivelmente foi a minha flor
passeio sem memória
desses tempos
de enorme lazer
e repudio a tua voz

penso às vezes nos pedaços de carpete negra
que abraçava com renovado entusiasmo
quando do topo da minha extrema misantropia
observa valas! e anjos que se referiam
ao problema como se algo estivesse errado:
Não estava.

Não havia zonas erógenas a serem estimuladas
mas isso sem dúvida agradava sobremaneira
a diversos itens que se moviam rapidamente
neste alucinogéno sonho
de sobreviver no entretanto
das palavras
que me sufocam
e pedem para sair.
Não as reconheço;

de qualquer modo, há maneiras e maneiras
e o facto incontornável que eu
não as tenho
não as possuo dentro de mim
mas sou possuído
maquinalmente, diria
com a exactidão de uma
chama perpétua.

Há fossos dentro de mim,
enormes, gigantescas reservas de petróleo
prestes a incendiar o enorme misto de
inconstantes pensamentos
ou palavras outra vez: Arda Tudo!

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